sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Madrugar-se...

Carta, corta, vento, lento, tento, sento, tempo de... os pés não tocam o chão,  tocam no invento. E esquento aqui, ali, olha cá! Silencio no ar do solo, gota de ar na pedra dura balança a terra, os pés não querem tocar o chão, flutuam no vácuo solo da memória...relembro o velho tempo do novo que ali estava, entrecortado no equilibrar-se de supostas asas memoráveis. soltar-se e saltear-se  atras dos olhos escondidos entre casas de aranhas criadas com o amadurecimento dos dias. "Dá infância os maus tempos pular soubeste" e do algodão doce comer pudesse... saborear-se...o fardo leve de fora é chumbo interno, inverno lerdo passar se nega. Arreda o pé da beira da porta, pois palavras tortas não concertam paredes rachada. E de todas as madrugadas a mais bela que  agora se faz, calou-se no cair da estrela bocejo. Acho que vejo lampejos de um percevejo na parede...não, não o é, são apenas respostas enganchadas a tempos nos nódulos da estrada pergunta que um dia fiz. Sim... sim, ruminarei vestes antigas que não passam dos joelhos. Vista-se visto diante da própria face, empalidece-te, empalideço-me antes do ontem de antes de hoje, "Amanhã talvez" a lua brilhe mas que o sol de cada noite.

Uerla Cardoso

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