Diário de trabalho: Saulus Castro - 03.07.2013
Chegou-se a um lugar, fim de viagem, de encontros. Chegou-se, e ninguém sabe o que quer ser nessa vida, é a primeira ideia que cruza o momento, sobre a gaveta de tantos guardados, sobre a mala de tantas viagens, chegou-se ao lugar dos ombros e das cabeças caídas, o olhar pro chão, o céu é chão, não passa dos nossos pés; e isso é impulso ou prisão. Ficou um cheiro de dinheiro nas mãos, metal, e o cheiro de cabelo no meu olho. As malas me carregam, estas tantas coisas rangindo dentro peito adentro; o peso sou eu. Tudo o que apodrece volta sendo adubo ou sendo pus.
Chegou-se a um lugar, fim de viagem, de encontros. Chegou-se, e ninguém sabe o que quer ser nessa vida, é a primeira ideia que cruza o momento, sobre a gaveta de tantos guardados, sobre a mala de tantas viagens, chegou-se ao lugar dos ombros e das cabeças caídas, o olhar pro chão, o céu é chão, não passa dos nossos pés; e isso é impulso ou prisão. Ficou um cheiro de dinheiro nas mãos, metal, e o cheiro de cabelo no meu olho. As malas me carregam, estas tantas coisas rangindo dentro peito adentro; o peso sou eu. Tudo o que apodrece volta sendo adubo ou sendo pus.