Era para andar num
não-chão. Num lugar último. Tudo o que conecta é parcial. Ligações singelas não
são daqui, não são visíveis. Eu vi o fim do filho, guardado com tanto carinho,
contanto, não suficiente. Eu vi a via de ligação separar o nosso, o querer
nosso dividindo, deixando asfaltos intrafegáveis; eu vi a fuga e a alegria que
não transbordava. Aconteceu da via desviar, virar torto destino e rumo,
enviesar olhar distraído e desaliviar ardores de coração. Era luta e ganho e
era indefinível qual dos véus primeiro sucumbiria. Quebrou-se a via movediça,
extrapolou-se o limite do “aqui”, era de escada e escuridão, de uma janela
enorme que se deslizava para o laranja cobertor de pássaros. Uma figura que
testemunhava a dor da gente. A porta aberta, o canto habitado, era de aranhas e
veneno. O filhinho vinha nos braços, dormia. Ela o ergueu. A via o ventilava lá
pra cima. O lance era próximo. Mas, foi de chão, de golpe oco. Era som de
garganta esfacelando. Minha? Era o habitar-se em si.
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