quinta-feira, 21 de novembro de 2013

À mão.

As vidas são barbantes de milhões e milhas de mundos, novelo de cabeças que nem nasceram ainda. A vontade parte de nós não do que pensamos, não do lugar, fazer por fazer fazendo... indo... indo a dentro, corda a dentro, pele a dentro, corpo a dentro...É imenso, imensidão de coisas misturadas nas linhas. O lixo é uma imensidão de coisas misturadas, amores, cores e merda, nada é difícil, a perna o braço, os ouvidos ouvem sempre mas não percebemos. E foi assim, um dia de mundos dentro de uma boca cheia de linha, mastigo as linhas do mundo com uma perna podre, dentes amarelos e olhos fechados. Pensar é uma fração de segundo de relógio parado. Meu amor é intenso como uma corda no pescoço, asfixia o cérebro e tira o pouco de sangue que resta do resto. Tem uma veia na cabeça que solta saltando agora. La no meio morremos duas vezes, matamos para fazer nascer, mas o nascido não retorna ao dentro, fica uma coisa estranha que mistura e range os dentes. Tiram a música de faca da pele cortante de linhas faca. Ninguém viu o sofrimento do parto de palco piso no chão. É só uma saudade só. O corpo estava vazio, cochilei aqui, mas foi só uma piscadela, cochilei  novamente e a caneta foi parar no cochilo. Só há um sono, tão intenso que não deixa duvidas de sono, morremos nele, quem dera morrer sonhando...A loucura é relativa, eu também, ele ainda não fala.

sábado, 16 de novembro de 2013

Aqui jaz... uma légua de línguas,
Jaz... um mundo de gente passada.
Jaz... o dia velho,
Jaz... o que nem chegou a ser,
... um nascituro,
... as covas dos berços,
E os braços... 
E foram braços barcos...

Embarco.