segunda-feira, 29 de setembro de 2014
O nevoeiro abre a cabeça, aguça os sentidos, o nevoeiro cega as vistas e mostra um vazio... Hoje se parte para o mundo, para a vida em muralhas, ruínas que guardam gentes. Aqui é o pulso, o caminho do rio, margem sem sol. Vi muitos em muitos lugares e uma estrada que leva a nada. É bom ver algo que pulsa e conduz no mesmo tempo, é bom ver esse céu de estrelas nesta noite que demora a vir, é bom sentir o que parece impossível. Silêncio… Estou a caminho do meio tempo da estrada, estou a caminho do que é meio dia…Têm crianças e linguas entre dentes. Estou a caminho dos tantos cabelos brancos nas entranhas desta muralha, estou nos becos, na encrusilhada, o encruzilhar-se… Vazio é o vento deste lado, ainda não consigo sentir, nada surpreende os olhos. Só tua flauta aguda satisfaz os ouvidos...
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