Caminhar com entrega é um caminho vivo, por mais absurdo, por mais "imoral", por mais incoerente que seja; o caminho vai revelando suavidades e nós; afrouxa onde dá e dói, consome... Consome aquilo que morre todo dia [segundo após segundo], vai ficando um sabor de vento pós-chama, pós-trauma. Trauma de nau de pedra. Inesgotável... Propôr o inesgotável!
Acreditando, eu, que tudo finda. Mentira! Tudo vive. Os elásticos assustam num primeiro momento, ardem, corroem uma carne que se sabe apodrecendo. Mas vai costurando idéias inconsequentes e que por isso leva a todo lugar: ao tesão, à dor, ao mistério, ao que vem depois, ao que nem chegou, ao perdido, à invalidez, a um riso de - sabe que isso é bom?! Cria um visgo, um não-achado, um ceder. As possibilidades de ambientes e momentos são infinitas. O que vem surgindo é sempre improvável; onde vai dá é sempre desconhecido. Chegamos a uma outra nuvem de desassossego. E acho que é isso que buscamos. O incômodo e o incomensurável saindo de mim.
A música é, singularmente, importante!
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