De tanto rebocar tijolos com unhas
pontiagudas um olho menino desaguou no ombro magro da moça, e riu para si
admirado com o mundo, e disse fundo o que de dentro saia, “Ninguém sabe o que
quer ser na vida”. Da ida e vinda pouco importa, dizem que o meio é o melhor
ponto, nunca começa nem esgota. Mas ela sempre fica com olhos mortos e
cochila num ombro menino de quem pouco conhecia, teme a queda que desperta e
sente o resto do que havia. Quando cresce se perde o mundo, parece que esta
tudo na ponta do nariz, ou no cheiro suado de cabelo molhado que de obro
carecia.
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